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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Lírica viva: Atos.

ATO I

Dia de lua.
Dia de fúria.
De neblina.
Dia com chuva.
Dia de sol.
Tersol
Dificulta a visão.
Pura pressão.


Amado não enxerga
Amado doa
Amado voa
Amado sonha
Amado se entrega
Amado sorri e é bobo até, a moda.
Amado sem expõe e abre a guarda.
Amado vive pela amada.


Passado transborda.
Passado venta.
Passado inventa.
Passado se contenta.
Passado é passado já enumerado.
Já passou é perdoado.
Tudo esquecido,
O presente como recomeço.


Juízo e juiz,
Jure e jurado.
Carrasco e punidor.
Punido e surrado.
Cansado e desarmado.
Pensamento e pensador.
Caído e desanimado.
Impostor, empossado.
Sonho desarrumado.
Virou borrão em um coração.


Sonho e sonhador.
Cria e criador.
Amor e dor.
Insistência ou subserviência.
Nada a ver ou sair e vencer.
Fazer e não se conter.
Lamento e desalento.
Assassínio ou assassino.
Ter ou ser.
Rejeitar ou querer.
Valores complexos, decisões morais pra crescer.


ATO II

Jogo de palavras, vidas cantadas.
Poemas e café.
Um sonho no bolso.
Um projeto rompido.
No pensamento a pé.
Perdeu-se na trilha escondida, mas com fé.
Desistir é o caminho.
Mas é difícil largar
Deixar pra lá.

Saudade consome.
Partida é sina.
Relatividade e relativismo
Causalidade e casualidade
Simulacros e simulações.
Situações adversas ou ilusões.
Sonhos roubados ou deixados
Sentimentos feridos e divididos
Corações rachados e feridos
Trocado.


Na confiança e na dedicação.
Fatos desentendidos e mitos desprendidos.
Não à traição, acontece se esquece.
Nos deslizes dos dias, o sol nos aquece.
Dói algo no peito, impotente, dispensável, menor se fica parece.
Nos braços quentes a falta de descanso para a alma.
Uma musica ou uma poesia.
Não importa o estilo á vida nos ensina, é uma história.
Mais dura traição dos íntimos que droga.


Não queria amar, mas ama.
Querer ter coisas bonitas e sente a perda.
Natureza plena te conta.
Sucesso da verdade imposta.
Não importa para um, o copo meio cheio,
Noutra visão meio vazio, escolha é nossa.
Ponto de vista.
Escolher é escolher, não escolher já é uma escolha.


Sentido.
Corresponsáveis,
Meia culpa,
Compartilhamento e descontentamento.
Tempo passa e repassa.
Felicidade é valor.
Vida nos convida a ser, a ter, a fazer.
A se entender, compartilhar as mais belas palavras.
Entender que são possíveis às relações serem contornadas.
Nunca é normal viver em duvidas, mas é comum se perder nelas.

Se para onde vai é incerto, qualquer caminho parece correto.
O futuro; é num minuto, em trilhas de incertezas.
Rios e correntezas, contexto e analogias apenas.
Como recuperar o curso das vidas antigas.
Quando se entende não ter volta.
Mas esse mundo dá voltas é verdade, não tente negue isso.
E poderá recuperar; e recuperando fazer direito.
Oportunidades são únicas.
Ainda em jogo de palavras.
Rancor sob a pele.
Reagir sem pensar: - a pesar.
Falar sem filtrar.



ATO III

A vida não tem formulas prontas.
Nossos valores são complexos, não somos completos.
Escolhemos os caminhos.
Com suas surpresas lidamos.
Sem baixar à guarda, mas estou ilhado.
Encurralado, entre cruz e a caldeirinha.
Mas a lição aprendida.
Em nosso passado ficam ensinamentos.
O presente constrói sonhos, conhecimentos planejados.
Terra firme e um futuro concreto; fundamentos.
A raiva não ajuda nas coisas.

Todo efeito tem causa.
Todo erro vem acompanhado de aprendizado.
Um inimigo intimo.
Adversidades são na verdade, treinadoras do ego.
Não esconda a queda das lagrimas.
Esteja pronto,
fique firme e siga,
vá adiante, se adianta.
Continua sua vida.


Mundo é sujo.
Mundo é cruel.
Mundo gira, não para.
Você se descuida, pronto ferrado está.
Cheio de traidores e oportunistas de ocasiões.
Miram com seu veneno nos corações
Mundo não pra você se curar.
E vai te botar de joelhos se deixar.
Aprendi, aprendendo, está aprendido, isso eu vou gritar.
Pra você escutar.
Vai me ver sorrir.
Não me vê na solidão chorar.


Nobres atos.
Um dia me acabo, lá no futuro.
Mas agora me acalmo.
Relembrado do que já sabia.
Agora não sou amado.
Deixado de lado.
E as bagagens filosóficas somam na sabedoria,
e se acumulam nessa vida.
Mas a idade pra mostrar experiência e o saber, varia.
Mesmo com ar, dormindo e sufocado, no sonho.
Saudade palavra triste, passado mostra quem era esse.
Sabe agora que partir antes devesse.
Poupado seria de tanta tristeza.

Duas vidas, um caminhar.
Era assim, olhar no olhar.
Cabeças erguidas, visão no futuro.
Planos e mãos enlaçadas.
Beijos e abraços, olhos fechados, indisciplinados.
Caminhares comportados.
Alimento e gostosos pratos.
Histórias contadas, ações negativas causam sofrimento e dor.
Sem cor ou sabor.
Acabou o amor, só de um lado se for.
O nunca existiu talvez, fatos e contos,
Agora jaz uma sombra, pensamentos.
Mas uma parte insiste e crer com esperança, está enganado.
Calado.
Pisado.
Esgotado.


Deixar seu brilho onde ficar,
amar, bem tratar coisas vivas,
Respeito aos pensamentos.
Saber entender lamentos.
 Se compadecer dos sentimentos alheios,
 Existe ainda amor que noutro está a morar.
E precisa isso compreender.
Questões pra o bem compartilhado viver.
Saber nas entrelinhas se entender.
Se achar.
De verdade se amar.
Controle pessoal se aprimorar.



ATO IV

O universo é justo.
Vai preparar a melhor saída.
Basta saber como orar, ira conseguir.
Trás e leva, tira e conserva.
Reata, desata, na hora exata, alegrias completas.
A calma é repleta de mais estrelas.
O resultado final não é o que mais importa, mas sim a jornada.
Mas podemos decidir o caminho, e trilha-lo
Palavras cortejadas.
Aceitar as resposta e fazer as perguntas certas.


Reinventar.
Acreditar.
Animar.
Aninhar
Retornar.
Falar.
Brilhar.
Procurar.
Voltar
Aceitar.
Amar.
Querer, acolher, e assim vai, à noite sou capaz de passar,
e muitos verbos encontrar;
para enfim descrever meu desejar.


Um coração com gratidão eu tenho pra dar.
Mas nenhum verbo é capaz de rimar;
- com tal sentimento que no espirito cresce sem parar.
Dói e faz ruir.
É um vazio que não tem fim, voltar a sorrir.
Mas não tem sentido, não lhe importa agora.
Mas espere um pouco e pense fora da caixa.
Plano espiritual sempre mostra.
A delicadeza da vida, ser forte e confiante,
fidelidade , sem maldade, até dependente, sentimentalmente esse.

Rios vão pra onde devem ir.
A chuva cai com deve cair.
O vento como precisa ventar.
A névoa ou neblina o que tem pra esconder.
A maré mareia.
Uma fruta passada cai.
Tudo na natureza acontece, como tem que acontecer,
Fatos nos convidam a entender nosso valor, e viver.
E somente importa aceitar nossas falhas, entender,
que somos imperfeitos.
Somos pequenos pra esse universo, com espaço pra crescer,
grandes seremos, e com  isso aceitar e entender,
que somos muito capazes de transcender.
Nossas almas na eternidade.

Eu me ouvi.
Resistir é o caminho e resistindo ainda que, sem nunca dizer nada.
Encarar com coragem a escuridão.
Retornar ao ponto de partida,
Forçando o coração e os nervos e o espirito.
Temos que ser capitães de nossa nau.
Encarar nossa Moby Dick vingativa pessoal.
Terreno incerto para certeza,
Uma grande batalha sempre levanta muita poeira,
e nubla a visão dos combatentes; mesmo os melhores.


Então se espera e aprende a viver com seus temores e o medo.
Aprende a deliberar.
Se corrigir.
Agora seguindo em frente.
Aprendendo e vivendo.
Fazendo a prece e esperando um dia melhor sem estragos.
Adquirindo saberes novos.
Conhecimentos que se não forem compartilhados são perdidos.
Por que é um prazer de uma vida feliz,
essa redução do desconforto físico de existir nesse mundo,
viver duas vidas em uma, e compreender.
No final o que fica são os bons atos o resto são rastros.


SS - 2016.


©2016 – Pensamentos e Argumentos. 
Sidnei Silva – Psicoterapeuta humanista, escritor e poeta amador, amante de literatura mundial.



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